Terrorismo: “Populações deslocadas em Moçambique precisam de condições de segurança para voltar”

O director-geral da Organização Internacional das Migrações das Nações Unidas (OIM), António Vitorino, disse que enquanto as condições de segurança não estiverem reunidas, as populações, quase um milhão de deslocados, não podem voltar a Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

António Vitorino esteve em Addis Abeba, na Cimeira da União Africana, para falar sobre as migrações entre países africanos, considerando que o projecto de uma zona de comércio livre no continente pode ajudar a resolver a situação de quem se desloca em busca de uma vida melhor.

“A migração em África está estreitamente ligada ao desenvolvimento económico e social do continente e o grande projecto impulsionador deste desenvolvimento é o projecto de comércio livre da União Africana”, indicou o director-geral da OIM, citado pela RFI.

A organização dirigida por António Vitorino é a maior organização humanitária a actuar em Cabo Delgado, onde há quase um milhão de deslocados devido ao terrorismo.

“Nós somos provavelmente a maior agência das Nações Unidas presente no Norte de Moçambique, em Cabo Delgado, e não há condições de relocalização das populações senão houver paz e segurança e, portanto, é imprescindível que haja um conjunto de condições de segurança para que essas pessoas possam regressar às zonas de origem ou se possam estabelecer noutras zonas”, concluiu António Vitorino.

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