O número de mortos do terramoto de magnitude 6,8 que atingiu as montanhas do Alto Atlas na noite de sexta-feira subiu para 2.901, enquanto o número de feridos mais do que duplicou para 5.530, informou a televisão estatal.

Muitos sobreviventes do terramoto de Marrocos lutaram em abrigos improvisados nesta terça-feira, depois de uma quarta noite ao relento, enquanto os aldeões das zonas montanhosas devastadas manifestaram a sua frustração por não terem recebido qualquer ajuda das autoridades.

Desde o terramoto, muitos habitantes não têm energia nem rede telefónica e tiveram de socorrer os seus entes queridos e retirar os cadáveres soterrados debaixo das suas casas esmagadas sem qualquer assistência.

Foi o terramoto mais mortal do país do norte de África desde 1960 e o mais forte em mais de um século.

A situação é mais desesperada para as pessoas em áreas remotas isoladas por deslizamentos de terras provocados pelo terramoto que bloquearam as estradas de acesso, enquanto nos locais acessíveis os esforços de ajuda estão a ser intensificados com acampamentos de tendas e distribuição de alimentos e água.

As equipas de salvamento de Espanha, Grã-Bretanha e Qatar estão a ajudar as equipas de busca marroquinas, enquanto a Itália, Bélgica, França e Alemanha disseram que as suas propostas de assistência ainda não tinham sido aprovadas.