A Frelimo, partido no poder, pede aos moçambicanos para que aguardem serenamente, a divulgação oficial dos resultados das últimas eleições, gerais pelo Conselho Constitucional (CC) de 9 de Outubro último.
“Este é um momento de paciência e de respeito pelo processo democrático que se vive no nosso país”, disse ontem (28 ) a porta-voz da Frelimo, Ludmila Maguni, citada pela AIM.
Maguni falava em conferência de imprensa minutos após o término da 37ª sessão ordinária da Comissão Política da Frelimo (CP), órgão deliberativo entre as sessões do Comité Central.
A CP, segundo Ludmila Maguni, considera não haver motivo, em qualquer circunstância, que justifique mortes e destruição de bens.
“A Comissão Política defende que a solução para os desafios que o país enfrenta está em cada um de nós e todos devemos ser responsáveis na construção de um Moçambique próspero, unido e em paz”, vincou.
Apela igualmente aos pais e encarregados de educação para que estejam atentos aos jovens, especialmente às crianças e adolescentes, e os orientem para que se afastem das manifestações violentas.
Encoraja a cada moçambicano a se engajar nas várias frentes de desenvolvimento, em suas comunidades, famílias, contribuindo para o progresso colectivo.
De acordo com Ludmila Maguni, a Comissão Politica manifesta a sua preocupação e repúdio diante das ameaças contra a integridade física dos membros da Frelimo e de todos os moçambicanos, incluindo a vandalização das sedes do partido e de outras instituições, no contexto das manifestações violentas.
“Tais atitudes afrontam a convivência pacífica e a harmonia que tanto prezamos em nossa política e sociedade”, disse.
Por isso, encoraja as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a zelar com profissionalismo e espírito de Estado, priorizando a proteção das pessoas e bens públicos e privados.
O trabalho das FDS é essencial para garantir a ordem e tranquilidade públicas, por isso, apela reiteradamente à colaboração de todos para que a paz prevaleça no país.
“A Comissão Política convida a todos os actores políticos, sociais e o povo moçambicano em geral a ver este momento pós-eleitoral como uma oportunidade de reflexão profunda sobre os caminhos que Moçambique deve trilhar para fortalecer a nossa democracia, a unidade nacional e a paz definitiva. Este apelo se estende a todos os moçambicanos, incluindo aqueles que se encontram na diáspora”, afirmou Ludmila Maguni.
Desde Outubro, o país vive um clima de tensão pós-eleitoral caracterizada por manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, em protesto aos resultados eleitorais que dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial Daniel Chapo, segundo a Comissão Nacional de Eleições.
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