A empresa Transportes Aéreos Portugueses (TAP) recebeu, esta terça-feira, luz verde de Bruxelas para a implementação do seu plano de reestruturação, que prevê uma injecção de capital na ordem de 3,2 mil milhões, frota com 96 aviões, sem mais despedimentos, perda de 18 slots e venda obrigatória de três empresas.
A Comissão Europeia (CE) autorizou o Estado português a injectar 2,63 mil milhões de euros para a recuperação da companhia aérea, mas, na verdade, o valor é mais do que 3,2 mil milhões de euros se se incorporar nos cálculos os valores injectados também ao abrigo das ajudas covid.
O acordo da TAP com a CE autoriza a companhia aérea a ficar com uma dimensão de operação aérea próxima da actual, mas perderá 18 slots (nove duplas, de aterragem e descolagem) no aeroporto de Lisboa.
A TAP mantém a actual frota de 96 aviões, menos 12 aeronaves que possuía há cerca de um ano quando iniciou cortes internos, e seis acima dos 88 aviões que estavam propostos no plano de reestruturação inicial. Ainda assim, ainda no vasto período de reestruturação a frota pode chegar aos 99 aviões.
A actual frota garante que não haja novas demissões, mas vai perder slots, devera ainda vendara algumas das suas empresas e encontrar outras soluções.
O plano prevê também a separação da TAP Portugal e da Portugália, que será “apoiada e reestruturada”.
O patamar dos 88 aviões era considerado pelo governo como o limite mínimo para assegurar a viabilidade do “hub” de Lisboa: se a companhia fosse forçada a ficar com uma frota ainda menor, colocava-se o cenário de uma “Tapezinha”, que o ministro Pedro Nuno Santos sempre garantiu que não aconteceria.
