Tanzaniano que revelou esconderijo de Bin Laden aos EUA exige recompensa milionária

Tanzaniano que revelou esconderijo de Bin Laden aos EUA exige recompensa milionária

Um cidadão tanzaniano acusa os Estados Unidos da América (EUA) de não cumprir com uma promessa de 27 milhões de dólares por ter ajudado a desvendar o esconderijo do líder do grupo terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

Osama Bin Laden terá liderado vários ataques terroristas contra civis e militares dos EUA, entre os quais o de 11 de Setembro de 2001. Ele foi assassinado em 02 de Maio de 2011, em Abbottabad, Paquistão.

O tanzaniano, Jabaldin Hamis Ijengo, alega ter desempenhado um papel importante para a localização de Bin Laden. Ele teria fornecido informações “preciosas” sobre o paradeiro do líder terrorista à embaixada dos EUA em Dar es Salaam, em 2005.

Os EUA não o recompensaram pela colaboração, e agora ele pretende processar os EUA.

““Infelizmente, o incumprimento desta exigência não me deixará outra alternativa senão recorrer aos tribunais, o que pode implicar o início de um processo judicial por sua conta e risco, sem aviso prévio”, advertiu o informante à imprensa tanzaniana.

A embaixada dos Estados Unidos em Dar es Salaam, através da sua porta-voz, Kalasha Holmes, recusou-se a comentar o assunto.

“Embora não possamos comentar casos de aplicação da lei em curso, todas as informações fornecidas ao programa Recompensas para a Justiça são revistas e examinadas pelas autoridades americanas competentes”, escreveu Holmes num e-mail.

O “informante” recordou que os EUA lançaram uma promessa de recompensa de 27 milhões de dólares a quem ajudasse a desvendar o paradeiro de Bin Laden. A promessa foi igualmente em resposta aos ataques de 1998 contras as embaixadas de Dar es Salaam e Nairobi.

“Com base nessa garantia, em outubro de 2005 forneci informações cruciais à Embaixada dos EUA na Tanzânia sobre o paradeiro de Osama bin Laden no Paquistão. Essas informações foram recebidas pela agente especial da embaixada dos Estados Unidos, a Sra. Brunn Anne”.

O “informante” estabeleceu o prazo de 21 dias para receber a recompensa.

“Agi de boa fé, arriscando a minha segurança para ajudar na detenção do terrorista, na expetativa de que a recompensa prometida fosse cumprida”, disse, em uma carta.

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