O Governo tanzaniano, a Shell e a Equinor retomaram as negociações sobre um acordo do Governo anfitrião para um projecto de gás natural liquefeito (GNL) de 30 mil milhões de dólares, que estava estagnado desde 2019.
A Presidente Samia Suluhu Hassan – empossada em Março –, empenhou-se para criar um ambiente de negócios mais favorável, e a sua recém-nomeada Ministra da Energia, January Makamba, mostra-se confiante quanto às expectativas do Governo em relação ao GNL. Os governates tanzanianos esperam chegar a um acordo com as empresas até ao final deste ano.
Os planos da Royal Dutch Shell e da empresa norueguesa, Equinor, para a construção de um terminal de GNL em Lindi estão em curso desde 2014, mas os adiamentos e desentendimentos com a antiga administração reduziram as perspectivas dos investidores estrangeiros para a indústria.
Em Janeiro, a Equinor anulou todo o valor contabilístico de 982 milhões de dólares do seu projecto de GNL na Tanzânia (TLNG), alegando que o país tem uma economia pobre. A empresa é o operador do Bloco 2 offshore, que se estima reservar mais de 20 toneladas de gás. A Equinor detém uma participação de 65% na operação, enquanto a empresa americana ExxonMobil detém 35%, e a Tanzânia Petroleum Development Corporation (TPDC) tem o direito de intervir com uma participação de 10%. Nos últimos meses, a Equinor manifestou grande interesse em voltar a participar do sorteio com o Governo local.
A Royal Dutch Shell espera, igualmente, concluir as conversações com o Governo e iniciar o projecto. A Shell opera os Blocos 1 e 4, que se estimativa reservar 23 triliões de pés cúbicos de gás. A Shell detém uma participação de 60%, enquanto a companhia britânica Ophir Energy e a companhia de Singapura Pavilion Energy detêm cada uma 20%.