Sinto-me à mesa com um mapa no qual as linhas costeiras do Rovuma parecem traçar um futuro possível. Eu vejo números — frios, precisos — que batem à porta do país, eu vejo pessoas muitas, que esperam que esses números se transformem em emprego, escolas, estradas, hospitais, fábricas, portanto, como economista, não consigo fingir indiferença:...
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A revolução do financiamento: O Banco de Desenvolvimento como catalisador de um novo Moçambique
Saúdo com entusiasmo a iniciativa do Presidente da República, Daniel Chapo, em criar o Banco de Desenvolvimento de Moçambique (BDM). Como economista comprometido com o progresso do país, vejo neste instrumento uma oportunidade única de transformar o imenso potencial de Moçambique em ganhos concretos para a população. Trata-se de um passo estratégico para “alavancar o...
Fundo de Garantia Mutuária: A Alavanca de crescimento das MPME’s moçambicanas
Eu, Clésio Foia, economista, acolho com entusiasmo o lançamento do Fundo de Garantia Mutuária (FGM) anunciado na FACIM 2025 pelo Presidente Chapo. Esse instrumento de US$40 milhões – financiado pelo Banco Mundial – destina-se a superar um dos principais entraves estruturais das micro, pequenas e médias empresas (MPME’s): a falta de garantias (colaterais) para crédito....
Moçambique e o FMI: Entre a tábua de salvação e o preço da dependência
Em primeiro lugar, é preciso recordar que Moçambique é membro do FMI desde 1984. Desde então, o país submeteu‐se a 10 “arranjos” de financiamento – programas de empréstimo e ajustamento económico – junto ao Fundo. Estes programas incluem desde os primeiros acordos de ajuste estrutural (no final dos anos 1980) até às sucessivas Facilidade de...
Energia, Alumínio e Soberania: O dilema económico da Mozal — HCB, ESKOM e o preço de decidir
O nó que não é apenas energético Escrevo porque o que está em jogo não é só uma tarifa: é uma decisão estratégica da economia moçambicana sobre recursos naturais, rendimento de exportação, emprego industrial e credibilidade de política económica. A Mozal (Smelter de Alumínio em Maputo), a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), a sul-africana Eskom...
Planificar para transformar: Reunião nacional aponta novos rumos para a governação económica em Moçambique
A reunião nacional de planeamento (21 – 23 de Julho, Matola) foi saudada como “um acto político e estratégico de alto impacto”, marcando o arranque do novo ciclo do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado 2026. Como ministro Salim Valá ressaltou, a planificação “não pode ser vista como acto meramente burocrático, mas sim...
“Divisas à vista, economia na mira”: entre bancos, grandes projectos e o enigma das contas ocultas
Um olhar mais amplo — nem o mar nem o cofre fluem Imaginemos um sistema económico onde abundam receitas em dólares significativas, mas a maioria se evapora antes de chegar ao ecossistema bancário nacional. Parte substancial dos lucros gerados pelos grandes projectos — gás, energia, alumínio, areias pesadas, minerais críticos e carvão — retorna aos...
Cahora Bassa: O Coração Eléctrico de Moçambique
Ao longo do meu percurso como economista, poucos activos do sector empresarial do Estado me impressionaram tanto quanto a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Não apenas pela sua estrutura e imponência física, mas pela centralidade económica que ocupa: Estabilidade Macroeconómica; Exportações, Receitas Fiscais; e Impulso à Atracção de Investimentos. Da Construção ao Controlo Nacional Construída...
Capitalizar microfinanceiras para criar sistema financeiro mais inclusivo
“Profissionalizar, modernizar e capitalizar as instituições microfinanceiras são actividades indispensáveis para se criar um sistema financeiro mais inclusivo” – disse o economista António Souto, reeleito no dia 30 de Novembro último, em Assembleia Geral da Associação Moçambicana de Operadores de Microfinanças (AMOMIF), para mais um mandato à frente da direcção desta agremiação socioeconómica. O relatório...
Cooperação UE-Moçambique deve priorizar criação de emprego e melhorar competitividade das PMEs
“Enquanto a nossa economia for constituída em 98% por unidades informais; enquanto não formos capazes de criar nem 5% dos postos de trabalho formais que 500 mil jovens anualmente procuram, não haverá tranquilidade social, nem ambiente político e económicos para que as grandes empresas e mega projectos sejam eficientes e sustentáveis”, afirmou o economista António...



