A empresa Syrah Resources, que explora grafite em Cabo Delgado, disse ontem que os trabalhadores expulsos incorreram processos disciplinares após terem se envolvido numa “greve ilegal” na sua mina em Balama.
Segundo a empresa, num comunicado citado pela Lusa, atendendo ao carácter extenso e ilegal das acções desenvolvidas pelo grupo, acabou por ser instaurado processo disciplinar contra 14 trabalhadores, aos quais foi dada oportunidade de resposta nos termos do quadro legal do Código do Trabalho. “O resultado do processo disciplinar acabou por ditar o despedimento de 12 dos 14 trabalhadores”, referiu a Syrah Resources, numa nota.
Recorde-se que um grupo de trabalhadores da Twigg Exploration & Mining, subsidiária do grupo australiano Syrah Resources, acusaram na semana passada a firma de despedir ilegalmente funcionários que estiveram envolvidos numa greve em Novembro na sua mina em Cabo Delgado.
De acordo com o representante dos trabalhadores, Tobias António, todos oriundos de Cabo Delgado, a greve foi colectiva e pacífica, mas a empresa despediu trabalhadores, escolhidos para representar os outros funcionários no tempo da mediação, por via telefónica.
Entretanto, apesar da Syrah Resources considerar, em sua nota de reacção, que foram despedidos 12 trabalhadores, o representante dos queixosos afirma que a medida foi extensiva a um total de 23 pessoas, num o caso que se arrasta desde Dezembro do ano passado e que foi submetido às autoridades de Cabo Delgado, com destaque para o governo local.
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