O número de mortes provocadas pelas cheias no sul do país desde terça-feira subiu de quatro para seis, anunciou ontem o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
Os dois últimos óbitos dizem respeito a duas pessoas que perderam a vida no sábado devido ao desabamento de uma casa no distrito de Boane, referiu Wilson Manique, técnico do INGD, numa sessão do comité de emergência, citado pela Rádio Moçambique (RM) e pela Lusa.
O distrito de Boane fica 30 quilómetros a sul de Maputo, capital do país, e tem sido um dos mais afectados pela chuva intensa e pelas descargas da barragem dos Pequenos Libombos.
Segundo o INGD, uma das principais necessidades prende-se com a urgência em prestar ajuda humanitária, como alimentos, às pessoas abrigadas em centros de acolhimento.
No sábado, de acordo com dados do INGD, havia 422 pessoas registadas nos centros, mas os dirigentes do organismo admitiram ainda ontem que os números podem ser muito maiores.
Estes residentes que procuraram abrigo nos centros são o grupo mais vulnerável de toda a população afectada pelas cheias.
Luísa Meque, presidente do INGD, referiu na vila de Boane que esse total de pessoas afectadas (ou seja, com algum tipo de prejuízo a reportar) subiu para 36.700, equivalente a 7.300 famílias, havendo igual número de casas com danos.
Segundo aquela responsável, os números representam um balanço ainda preliminar dado que, apesar de a chuva já ter abrandado, muitas áreas permanecem submersas.
No que respeita às vias de comunicação, segundo as autoridades, há 270 quilómetros de estradas e caminhos intransitáveis.
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