A Empresa Silos e Terminal Graneleiro da Matola (STEMA) está a mobilizar recursos financeiros para a reabilitação e reposição dos seus equipamentos e, consequentemente, incrementar a capacidade de armazenamento de cereais.
O facto é que a empresa tem equipamentos instalados há 26 anos, estando na sua maioria obsoletos e necessitando, por conseguinte, de reposição, com destaque para tabetes de elevadores, tubagem, entre outros. A informação foi avançada recentemente pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do STEMA, Arlindo Chilundo, na visita de trabalho da Comissão do Plano e Orçamento (CPO), que visava avaliar o desempenho dos indicadores financeiros da empresa.
Segundo Chilundo, para a materialização do objectivo, a empresa irá recorrer à banca comercial e aos seus parceiros, que poderão disponibilizar os fundos e permitir o início dos trabalhos.
Neste momento a empresa conta com vinte e sete silos com capacidade total de 45 mil toneladas. Entretanto, Arlindo Chilundo garante que mesmo no estágio actual a sua instituição ainda dispõe de espaço suficiente para responder à demanda dos volumes de importação de cereais.
“Estamos preparados para fazer a logística de todo o cereal que for importado pelas moageiras da região sul. Temos estado a trabalhar com todos importadores, porque a STEMA não compra directamente os produtos, apenas faz a gestão do granel descarregado dos navios, que posteriormente é levado pelo respectivo comprador”, explicou ao Jornal Notícias.
Por seu turno, o presidente da Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República, António Niquice, desafiou a empresa a modernizar-se cada vez mais para poder se impor no mercado de logística de cereais.
“Os desafios da empresa enquadram-se na área da modernização, para permitir capitalizar a economia de escala liderando o mercado de logística de cereais. Recomendamos que a STEMA aprimore o seu plano de negócios para ir de encontro às necessidades regionais e estimular as exportações”, analisou.
Frisou que a empresa também deverá combinar esforços com os produtores locais para maior auto-suficiência e melhorar o equilíbrio da balança comercial a nível regional.
“Acreditamos que com os investimentos feitos através de projectos como Sustenta podemos ter uma maior produção que pode ser canalizada para o mercado nacional e às exportações, pois só assim podemos ter uma economia mais robusta”, salientou.
Devido à sua localização estratégica, no Porto da Matola, a STEMA também serve como base de apoio ao trânsito de cereais importados via marítima e transferidos para os países da SADC, nomeadamente África do Sul, Zimbabwe e Eswatini.