O Standard Bank reuniu na última segunda-feira, 29 de Abril, em Maputo, clientes, colaboradoras e mulheres de destaque em diversos sectores, com o objectivo de debater sobre os desafios e oportunidades da Mulher Moçambicana, promovendo o diálogo e a busca por soluções conjuntas.
O encontro, que marcou o encerramento de um vasto leque de actividades levadas a cabo pelo banco, no âmbito das celebrações do Mês da Mulher, teve como tema “Investir na Mulher é Acelerar o Progresso”.
Intervindo na ocasião, a presidente do Conselho de Administração do Standard Bank, Esselina Macome, destacou a importância de se investir nas mulheres, nomeadamente na criação de políticas proactivas que vão para além da mera garantia da equidade de género, dentro das instituições: “Iniciativas como a Incubadora de Negócios do banco e programas como o Lioness, o iDeate e o iCreate, que acontecem neste espaço, demonstram como o Standard Bank coloca esta abordagem em prática, através do apoio direccionado a empreendedoras e do incentivo à participação feminina em áreas como a ciência e a tecnologia”, disse.
O evento contou com um painel de debate, que teve como oradoras Ana Flávia Azinheira, antiga vice-ministra da Juventude e Desportos e actual Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários de Moçambique, Xi Hui, secretária-geral da Câmara de Comércio Moçambique-China, Vitória Langa, directora executiva do Fundo Nacional de Investigação (FNI) e, ainda, Guerra Mandlate, director de Pessoas e Cultura do Standard Bank.
Abordada momentos após a conferência, Ana Flávia Azinheira considerou o evento como um movimento importante para olhar a situação da mulher: “Quando nós olhamos para a mulher, constatamos que o seu problema é global, daí que iniciativas como esta irão permitir que se tenha clareza sobre como fazer uma intervenção para termos uma mulher verdadeiramente imponderável e saudável e que possa trazer mudanças para desenvolver o País”, segundo indicou.
Por sua vez, Vitória Langa destacou a necessidade de dinamizar a nova visão de que as mulheres sejam educadas, de forma a impulsionar o progresso: “O progresso não se faz sem a interacção, sem o cooperativismo. Esta dinâmica interactiva vai alicerçar toda a transformação”.
Como desafios, Vitória Langa sugeriu que o banco devia embarcar no financiamento à pesquisa, para perceber quais são as reais necessidades de cada grupo de mulheres, nomeadamente mulheres cientistas, vendedeiras, entre outras, para que possam abraçar as ciências, como a engenharia, matemática, tecnologia, que são a plataforma para o avanço no futuro.
A directora executiva do FNI chamou à atenção para o facto de a ciência aberta estar à porta, havendo a necessidade de se elaborar políticas, no sentido de os cientistas não pararem de produzir: “A questão da economia verde, temos que nos unir e dar resposta sobre tudo o que temos e com toda a inteligência que a África tem. Temos que olhar para a questão das mudanças climáticas, pois são fenómenos que estão a vir”, frisou.
Para Xi Hui, secretária geral da Câmara de Comércio Moçambique-China, não basta a sociedade limitar-se a falar dos cuidados e políticas que se deve ter em conta para o empoderamento das mulheres, sendo necessário avançar com ideias concretas: “O Standard Bank está a desenvolver iniciativas certas para ajudar a mulher no processo da sua integração na sociedade”, sublinhou.
Durante o encontro, alguns participantes consideraram que a reflexão sistemática sobre o papel da mulher faz com que se sinta a necessidade de olhar para a mulher como um vector de crescimento, destacando que o lema escolhido para esta conversa está alinhado à principal problemática que se vive nos dias de hoje.
Concluindo, os participantes defenderam, nas suas intervenções, que não é possível alcançar o empoderamento da mulher, sem trabalhar com a mulher na educação, para fazê-la perceber sobre o quanto ela é importante na comunidade.
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