Sobe para 16 número de mortos por cólera em Moçambique

O número de mortes por cólera subiu para 16 em Moçambique, anunciou, ontem, o Ministério da Saúde (MISAU), alertando para o alastramento da doença no país face à época chuvosa.

“Nós temos um cumulativo de 1.376 casos de cólera e 16 óbitos, que correspondem a uma taxa de letalidade de 1,2 %”, disse Domingos Guiole, do departamento de vigilância em saúde pública no MISAU, citado ontem pela televisão privada STV, escreve a Lusa.

O responsável alertou para o alastramento da doença para todas as províncias moçambicanas devido à “mobilidade de pessoas e bens” e a época das chuvas em curso no país.

“A mobilidade de pessoas e bens pode fazer com que um caso que esteja na província de Niassa possa mover-se até a província de Nampula”, frisou Domingos Guiole.

A maioria dos óbitos por cólera têm sido registados em Niassa, no norte do país, e as autoridades suspeitam que os casos sejam importados do Malawi, país que faz fronteira com Moçambique e que tem registado casos da doença.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, manifestou-se, no domingo, preocupado com o surto que tem afetado algumas províncias, pedindo que se “redobrem os cuidados de higiene”.

A cólera é uma doença tratável que provoca fortes diarreias, mas pode levar a morte por desidratação se não for prontamente combatida – sendo causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

Moçambique, considerado um dos países severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de Outubro e Abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

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