O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve um casal indiciado de raptar uma menor, no distrito do Dondo, província de Sofala, e exigirem 1,5 milhões de meticais de resgate.
A menor teria sido raptada por uma mulher no domingo passado, enquanto brincava do lado de fora de uma igreja. Os pais da menor estavam no interior da instituição religiosa.
A indiciada recusa o facto, alegando que encontrou a criança abandonada em uma rua a chorar. Ela disse à imprensa que optou por levar a menor para a sua residência por medo do que lhe poderia acontecer se a levasse às autoridades policiais.
O marido contou que a mulher chegou a casa com a criança. Depois foram até Dondo para localizar a família da menor.
“Quando fomos a Dondo tentar localizar a casa dos pais, havia um panfleto com contacto dos pais”, disse, anuindo que nesse momento iniciaram os contactos com os pais da menor pedindo o resgate de 1,5 milhões de meticais.
O número de telemóvel utilizado para contactar os pais da criança foi registado com a identidade de um terceiro cidadão, através de documentos, supostamente encontrados na rua.
O porta-voz do SERNIC em Sofala, Alfeu Sitoe, disse que a família negociou o valor e os estelionatários reduziram para 200 mil meticais.
“Ainda assim a família não conseguiu pagar esse valor”, disse, notando que a mesma enviou quase cinco mil meticais por pensar que a família que detinha a criança não tinha condições para assegurar a alimentação da menor.
Depois de receberem o valor, os malfeitores colocaram um faca no estômago da vítima, enrolaram a criança e a faca com fita adesiva transparente, tiraram fotos e enviaram para os pais a fim de os pressionar para pagar o seu resgate.
A família amealhou mais 75 mil meticais, disse o porta-voz.
A residência utilizada como cativeiro tinha sido alugada pelo casal no final de Maio, e no momento da detenção foi encontrado um cidadão que recusa qualquer envolvimento no crime.
A criança foi observada por médicos legistas e já está com os pais. (Fonte: STV)
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