Moçambique condena a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, apesar de manter-se neutra na mesa de votação das nações unidas e está mais bem posicionado para promover diálogo entre os dois países em guerra, segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Citado pela plataformamedia, Nyusi justificou a estratégia de neutralidade na perspectiva de criar espaço para o diálogo com base na confiança.
“Os dois países cooperam e trabalham com Moçambique e, portanto, estamos em melhor posição para opinar”, disse o PR, que reconheceu o impacto negativo da guerra em Moçambique e na África.
Nyusi assumiu o facto de o país estar do lado de quem se esforça para dialogar, de modo que não concorda com a violência.
“Nós queremos estar numa situação de encorajar o diálogo, mas não podíamos fazer isso se tivéssemos tomado uma posição”, frisou Filipe Nyusi, na crença de que os parceiros internacionais de Moçambique respeitaram a decisão de neutralidade.
O PR falava hoje na cidade de Helsínquia, durante uma conferência de imprensa ao lado do chefe de Estado finlandês, Sauli Niinistö, com quem esteve reunido hoje no âmbito da visita de trabalho que realiza à Finlândia desde terça-feira.
“Nós, como Moçambique, não estamos a favor da guerra. As guerras que nós tivemos em Moçambique foram uma lição e as mesmas só terminaram depois do diálogo, baseado na confiança”, frisou Filipe Nyusi, avançando ainda que o país já se disponibilizou para integrar a mesa negocial entre Kiev e Moscovo.
Moçambique esteve entre os países que se abstiveram em três resoluções que foram a votos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
A visita de Filipe Nyusi a Finlândia terá duração de quatro dias e, além de encontros com seu homólogo finlandês, o chefe de Estado moçambicano vai visitar empreendimentos económicos e também participar num seminário de negócios.
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