Rússia realiza exercícios navais a fim de ensaiar o bloqueio marítimo do Mar Negro após o fim do acordo dos cereais.
A marinha russa realizou exercícios navais no Mar Negro a fim de praticar a detenção e destruição de embarcações nas áreas restritas à navegação.
Os exercícios ocorreram poucos dias depois de o Kremlin ter renunciado à renovação do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro e ter declarado que qualquer embarcação que chegasse ou saísse de portos ucranianos seria um alvo militar potencial.
A Rússia afirma que se trata de uma resposta ao ataque contra a ponte da Crimeia. As autoridades russas insistem que o ataque foi realizado por drones marítimos ucranianos.
A Ucrânia disse que continuaria com as exportações marítimas apesar das ameaças russas e exigiu o patrulhamento internacional do Mar Negro.
O fim do acordo sobre a exportação de cereais ucranianos anunciado pela Rússia provocou uma onda de reações na comunidade internacional.
O presidente turco, um dos mediadores do pacto conseguido há um ano, recusa-se a atirar a toalha ao chão. “Apesar da declaração de hoje, acredito que o presidente da Federação Russa, meu amigo Putin, deseja que esta ponte humanitária continue”, declarou Recep Tayyip Erdogan.
A reação da União Europeia não se fez esperar, nomeadamente através da voz do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. “Este acordo, em conjunto com uma iniciativa europeia de solidariedade, está a ajudar a garantir que os países mais vulneráveis têm acesso aos cereais e aos fertilizantes de que precisam para a população, e por isso apoiamos integralmente todos os esforços de António Guterres para que a continuidade deste acordo seja garantida”.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse que a decisão da Rússia é injustificável e que transforma a fome das pessoas numa arma de guerra. (euronews)
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