Rússia dá ultimato para militares ucranianos abandonarem Mariupol

O Coronel General e Director do Centro de Controlo da Defesa Nacional russa, Mikhail Mizintsev, disse que o exército ucraniano e mercenários estrangeiros deverão abandonar a cidade de Mariupol em duas horas, entre 10h00 e 12h00 locais, as mesmas de Moçambique. Alguns órgãos de informação disseram que o prazo era até 05h00 da manhã.

“Todos os que abaixarem as armas têm a garantia de uma passagem segura para fora de Mariupol”, disse

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse que o país não irá aceitar a demanda russa pela rendição das forças do país na cidade portuária.

“Não pode haver nenhuma rendição, deposição de armas. Já informamos o lado russo sobre isso”, disse Vereshchuk, nas primeiras horas de hoje.

O Centro anunciou ainda a abertura da espaços para a entrada de caravanas humanitárias com alimentos, medicamentos e artigos de primeira necessidade para a retirada de civis.

Segundo  Mizintsev, corredores humanitários seriam abertos a oeste e leste de Mariupol, permitindo que civis deixassem a cidade.

Mizintsev apelou a organizações internacionais como as Nações Unidas e a Cruz Vermelha para que enviem representantes para acompanharem as retiradas de civis.

Os militares russos sitiaram a cidade de Mariupol e agora a situação é caótica: está sem alimentos, água e energia, há violência extrema, destruição e cadáveres espalhados pelas ruas.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 902 mortos e 1.459 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

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