A crise no sector bancário internacional, derivada da falência dos bancos internacionais, nomeadamente, o americano Silicon Valley Bank (SVB) e o europeu Credit Suisse, não terá efeitos sobre a banca nacional, garante o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.
“A ocorrência do efeito contágio pelas vias das flutuações nos fluxos de capitais seria difícil, uma vez que a exposição do sector bancário moçambicano ao mercado de capitais é ínfima, sobretudo a nível internacional”, explicou Zandamela, citado pelo jornal Notícias.
O Governador revelou que a banca doméstica apresenta um desempenho satisfatório, com níveis de solvência e liquidez acima dos mínimos regulamentares.
Esses factores, associados às medidas de emergência adoptadas pelas autoridades norte-americanas após a falência do SVB, bem como à nova facilidade de financiamento que garante o acesso do bancos a fundos de emergência para reforçar a confiança no sistema financeiro conferem tranquilidade ao sistema bancário.
Por outro lado, para Zandamela, a medida do Banco Central Europeu de conceder liquidez ao sector bancário da Zona Euro garante, de certo modo, estabilidade aos bancos europeus incluindo as suas representações em outros países, como é o caso de Moçambique.
O responsável assumiu esse posicionamento considerando que os bancos em Moçambique são, em maioria, dominados e controlados por matrizes sediadas no estrangeiro.
Segundo o Banco de Moçambique, as instituições financeiras nacionais de importância sistémica, que têm uma forte participação dos bancos europeus no seu capital, estão sujeitos à detenção de uma fracção adicional de capital, o que reforça a sua solidez, resiliência e capacidade de resistir a choques desta natureza.
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