As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) de Moçambique voltaram a cair, no final do primeiro semestre deste ano, para 3.209 milhões de dólares, segundo dados do Ministério da Economia e Finanças.
De acordo com o relatório de balanço da implementação do Plano Económico e Social e do Orçamento do Estado de 1 de Janeiro a 30 de Junho, citado pela Lusa, essas reservas garantem três meses das necessidades de importações de bens e serviços, excluindo as importações dos grandes projectos, e comparam com os cinco meses que garantiam no mesmo período de 2022.
O Governo moçambicano definiu no Orçamento do Estado de 2023 o objectivo de constituir Reservas Internacionais Líquidas no valor de 2.936,6 milhões de dólares (2.686 milhões de euros), “correspondentes a três meses de cobertura das importações de bens e serviços não factoriais”.
“As reservas internacionais brutas cobrem quase 4,3 meses de importações [final de 2022], o que está acima do ‘buffer’ mínimo comummente recomendado”, de “pelo menos três meses”, refere-se num relatório do FMI, sobre a aprovação final da revisão ao Programa de Financiamento Ampliado (ECF) para Moçambique.
Acrescenta-se que essas reservas internacionais de Moçambique têm “caído desde o início de 2021” e atingiram os 2.900 milhões de dólares (2.580 milhões de euros) no final do ano passado.
O FMI reconhece o impacto dos “altos custos” com a importação de combustíveis nas reservas internacionais de Moçambique, tendo em conta o fornecimento de divisas aos principais importadores de combustíveis.
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