A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o maior partido da oposição em Moçambique, submeteu recurso à Comissão Nacional de Eleições (CNE) devido a supostas fraudes no processo de recenseamento eleitoral.
Conforme avança o Centro de Integridade Pública (CIP), está em causa a movimentação de máquinas de registo de eleitores (mobiles ID’s); o registo de eleitores fora da hora fixada pela CNE; a inscrição de eleitores recorrendo a dados recebidos ou recolhidos via telefone; a recusa dos brigadista em fornecer dados aos fiscais da oposição com o argumento de que estavam a obedecer a ordens superiores; e o transporte de pessoas não residentes no raio autárquico para se recensearem na zona da autarquia da Matola.
A Renamo submeteu o recurso a CNE depois de o mesmo não ter sido atendido pela Comissão Provincial de Eleições da Província de Maputo no prazo de cinco dias como estabelece a lei, para o caso de partidos políticos.
Durante o recenseamento eleitoral, a Renamo submeteu 102 reclamações ao STAE da Cidade da Matola e recursos às Comissões Distrital e Provincial de Eleições.
Revela o CIP, citando documentos da Renamo submetidos o Ministério Público, que os mobiles recolhidos pelo STAE na cidade da Matola por suposta avaria estavam a ser utilizados na calada da noite para o registo de eleitores.
Por exemplo, o mobile do IFP registou 221 eleitores em três dias. “o mobile do quarteirão 22, no Bairro da Matola “C”, registou 25 eleitores até as 15 horas, momento em que foi recolhido pelos técnicos do STAE. No dia seguinte regressou com 78 eleitores recenseados, mais 53 eleitores registados fora do posto de recenseamento eleitoral. Esta máquina funcionou das 8h56 até às 23h26 horas”, lê-se num documento do CIP.
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