O partido Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) exigiu, hoje, em Maputo, acções coordenadas entre os governos de Moçambique e da África do Sul para cessar os ataques a viaturas de cidadãos moçambicanos naquele país.
O chefe do Departamento de Relações Exteriores do maior partido da oposição, Manuel Massungue, considerou de “repugnantes e condenáveis” os actos de violência perpretados por cidadãos desconhecidos.
“Por isso, apelamos às autoridades moçambicanas para, o mais rapidamente possível, encetarem junto das autoridades sul-africanas diligência para o seu esclarecimento”, disse Manuel Massungue, citado pelo portal Sapo.
A Renamo reagia assim a um ataque armado a viaturas com matrículas moçambicanas, num troço de estrada na África do Sul, no último sábado.
Massungue criticou a “lentidão” do Governo moçambicano na “adopção de medidas para estancar este mal”.
Por outro lado, “apelamos ao Governo sul-africano para pôr termo a estas atrocidades cujas vítimas são cidadãos inocentes e indefesos”, disse.
Lembrou a Renamo que Moçambique deu asilo a militantes sul-africanos que lutavam contra o sistema de segregação racial imposto até ao final do século XX pelo regime de minoria branca na África do Sul.
Hoje, o comissário nacional da Polícia da África do Sul (SAPS), Fannie Masemola, visitou a região norte da província do KwaZulu-Natal, junto à fronteira com Moçambique, para avaliar a resposta policial aos crimes transfronteiriços, anunciou aquela força.
“A visita do comissário segue-se ao recente incidente em que pelo menos seis veículos, incluindo um autocarro de turistas e um camião, foram queimados na estrada R22, entre Hluhluwe e Mbazwane”, adiantou a polícia sul-africana em comunicado a que a Lusa teve acesso.
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