Reduz o número de refugiados que procuram Moçambique

O número de refugiados que procuram asilo em Moçambique baixou para menos de mil por ano desde 2020 e o país acolhe atualmente cerca de 28 mil estrangeiros forçados a fugir dos seus territórios.

A informação foi avançada pelo director geral do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados (INAR), Cremildo Abreu, durante uma conferencia de imprensa realizada ontem em Maputo, por ocasião do Dia Mundial do Refugiado que se assinala no dia 20.

Segundo o responsável do INAR, o país regista uma redução de chegadas de refugiados e um aumento de saídas, principalmente através do repatriamento voluntário e reassentamento em terceiros países.

“De Janeiro até agora, Junho, recebemos sete”, disse o diretor-geral do Instituto Nacional do Apoio aos Refugiados (INAR), Cremildo Abreu.

O responsável disse que o maior centro de acolhimento de refugiados em Moçambique, em Marretane, província de Nampula, norte do país, viu o número de pessoas que ali viviam baixar em cerca de 60%, nos últimos cinco anos.

O local alberga actualmente cerca de nove mil refugiados dos cerca de 28 mil requerentes de asilo dispersos por vários pontos do país.

A maioria dos estrangeiros obrigados a fugir para Moçambique são oriundos da região dos Grandes Lagos e do Corno de África, totalizando 97% dos refugiados que o país acolhe.

Fogem de conflitos armados, vários tipos de perseguição e destruição dos meios de subsistência provocada pelo impacto das mudanças climáticas, avançou o diretor-geral do INAR.

Cremildo Abreu assinalou que a diminuição do número de estrangeiros que procuram Moçambique como destino para asilo pode significar que o país está a deixar de ser “atrativo” para os refugiados, qualificando como “complexas as razões” dessa situação.

“É possível que Moçambique já não seja um local atrativo para busca de refúgio, mas é necessário percebermos e analisarmos como é que está a situação a nível regional,”, observou Abreu.

Em Moçambique, há 784 mil deslocados internos devido ao conflito armado na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.