O Governo britânico anunciou esta quarta-feira, a redução do período de isolamento em Inglaterra de dez para sete dias para pessoas vacinadas que adoeceram com covid-19, em plena nova vaga de casos causada pela variante Ómicron e a poucos dias do Natal.
Segundo o Governo, esta medida permitirá a mais pessoas passarem o Natal juntamente com as respectivas famílias, sem correr o risco de transmitir o vírus.
“A partir desta quarta-feira, as pessoas que tiverem dois testes antigénios negativos realizados no sexto e sétimo dia após a infecção poderão sair do isolamento”, disse o primeiro-ministro, Boris Johnson, citado pela Lusa.
O alívio das regras ocorre numa altura em que o Reino Unido, um dos países mais afectados pela pandemia na Europa, com mais de 147 mil mortes associadas à doença covid-19, enfrenta um surto de casos devido à variante Ómicron, já caracterizada como muito mais transmissível em comparação a outras variantes do coronavírus SARS-CoV-2.
Nos últimos cinco dias, a média diária de infecções subiu acentuadamente para 90 mil casos no Reino Unido, mas a média das hospitalizações tem-se mantido estável em redor das 7500.
Perante a “incerteza” sobre a gravidade da variante Ómicron, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou na terça-feira que não iria impor mais medidas de contenção até ao Natal, embora tenha apelado à “cautela”, nomeadamente ao uso de máscara em espaços fechados e à realização de testes rápidos antes de contactos com pessoas vulneráveis.
“Tendo em conta a incerteza contínua sobre várias coisas – a gravidade da Ómicron, a incerteza sobre a taxa de hospitalização ou o impacto do programa de vacinação e das doses de reforço, não pensamos hoje que existam indícios suficientes para justificar quaisquer medidas mais duras antes do Natal”, justificou Boris Johnson.
Entretanto, o ministro da Saúde, Sajid Javid, revelou também esta quarta-feira a assinatura de dois novos contratos com as farmacêuticas Merck e Pfizer para a compra de milhões de medicamentos antivirais em comprimido contra a covid-19.