A Renamo aponta o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, como o principal responsável pela inoperância da corporação no combate ao rapto.
Na perspectiva do partido político, as demissões dos ministros no Ministério do Interior ficam longe do principal alvo de sanções face à constante e crescente onda de raptos no país.
“É notório que a substituição dos ministros, a expulsão de alguns agentes da polícia é uma acção marginal, que não resolve o problema dos raptos, uma vez que o cerne das operações no terreno é o Comandante-Geral da PRM, e nunca foi trocado”, disse, em Maputo, porta-voz Renamo, Maciel Macome,
A Renamo questiona a “imunidade” de Bernardino Rafael a ponto de ainda continuar a exercer a função de Comandante-Geral da PRM, sendo que cabe a si as ordens de actuação contra os raptos.
“É nosso entendimento que o Comandante-Geral é responsável pela operacionalização das acções no terreno e pelo desdobramento da sua tropa. Quem desenha o aspecto operativo é o Comandante-Geral. O Ministro desenha apenas a política”, referiu questionando as razoes que levam a substituição dos ministros “e nunca o Comandante-Geral da República”.
“O que há nesta figura que tudo passa por ela e a torna intocável”, questionou. “Se alguma coisa a polícia não fez ou deixou de fazer, a responsabilidade primaria deveria e deve recair no Comandante-Geral da República”.
Na perspectiva da Renamo, Bernardino Rafael deve ser responsabilizado pela pobreza que os moçambicanos atravessam e pelo abandono em massa da classe empresarial em Moçambique.
“Deve, igualmente, ser responsabilizado pela ausência da segurança pública neste país”, disse. (Fonte: STV)
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