Raptores e seus familiares, advogados e magistrados envolvidos em branqueamento de capitais

Raptores e seus familiares, advogados e magistrados envolvidos em branqueamento de capitais

Cidadãos envolvidos em esquemas de raptos no país utilizam contas bancárias de familiares, empresas legítimas ou fictícias, para lavar dinheiro (branquear capitais) e ocultar a sua origem.

De acordo com um relatório do Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM), citado pelo “Notícias”, nesse processo, estão envolvidos cidadãos de sectores cruciais da estrutura do Estado. Trata-se de advogados, magistrados, membros das Forças de Defesa e Segurança, bem assim funcionários de instituições bancárias.

Nesses processos de lavagem de capitais, o GIFiM estima que já tenham sido transaccionados mais de 2,1 mil milhões de meticais, cerca de 33 milhões de dólares.

“A circulação dissimulada de fundos no sistema económico financeiro é através de cheques e diversas transferências intra-bancárias e inter-bancárias, com recurso ao branqueamento de capitais, com base no comércio, sem o prejuízo de outras técnicas”, lê-se.

As empresas utilizadas para lavar dinheiro são criadas ou controladas por indivíduos ou grupos suspeitos que fazem movimentos complexos dentro do sistema financeiro.

No território nacional, a cidade e província de Maputo, províncias de Manica, Sofala e Nampula são considerados os locais com maior propensão para este tipo de actividade ilícita. E, no estrangeiro, verificou que as operações ocorrem de e para os Emirados Árabes Unidos, China, Tailândia, Singapura, Portugal, Ilhas Maurícias e África do Sul. (Imagem: DR)

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.