Um tribunal do Quénia anulou uma ordem da polícia que proibia manifestação social (marchas) contra o Presidente do país, William Ruto, na capital Nairobi.
Os activistas políticos do Quénia apelaram à realização de manifestações todas as terças e quintas-feiras.
A ordem que visava afastar as marchas das zonas comerciais e arredores, foi emitida na quarta-feira, pelo inspector-geral interino da polícia, Douglas Kanja, justificando a necessidade de manter a segurança pública.
Segundo a polícia, grupos criminosos organizados tencionam aproveitar as marchas para efectuar ataques e saques de bens. A medida também se prende com a falta de liderança das marchas para a aplicação dos protocolos de segurança.
Em meados de Junho, eclodiram protestos no Quénia, apelando ao governo para que suspendesse os aumentos de impostos previstos e combatesse a corrupção generalizada no Estado.
Apesar de o Presidente William Ruto ter anulado as medidas propostas para aumentar as receitas, ter demitido quase todo o seu Governo e ter manifestado a intenção de formar um Governo que poderá incluir membros dos partidos da oposição, as manifestações continuaram, com apelos à demissão de Ruto.
Algumas empresas de Nairobi permaneceram fechadas na quinta-feira, prevendo os protestos programados. A polícia foi fortemente mobilizada em torno da zona comercial central, fazendo patrulhas nas ruas. O porta-voz do Governo, Isaac Mwaura, informou que a economia tinha sofrido perdas no valor de seis mil milhões de xelins quenianos (45 milhões de dólares) devido aos protestos que duram há um mês.
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