“Exigimos a criação de uma comissão independente e o pronunciamento do Governo moçambicano sobre o caso que está a colocar o País na boca do Mundo pelas piores razões”, refere a Rede Moçambicana de Defensores de Direitos Humanos, num texto publicado pelo Centro para Democracia e Desenvolvimento, (CDD), ONG.
No mesmo texto a Rede Moçambicana de Defensores de Direitos Humanos é de entendimento de que “não é satisfatório que seja o Exército sul-africano a investigar actos praticados pelos seus membros. Uma investigação feita pelo Exército sul-africano aos seus membros não dá garantias de transparência e isenção”,
Os defensores dos direitos humanos dizem ainda que “há, à partida, conflito de interesses nesta empreitada, uma vez que teríamos soldados sul-africanos a investigarem os seus pares”. “Entendemos que é pouco provável que a investigação traga resultados que levem à responsabilização dos prevaricadores”.
A rede defende a criação, com alguma urgência, de uma comissão independente para apurar a veracidade dos factos. “A queima de corpos viola o Direito Humanitário Internacional”, salientam os defensores num texto do CDD sobre os direitos humanos.
Estes defensores vão mais longe e criticam igualmente o silencio “sepulcral” do Governo moçambicano. “Defendemos que o Governo moçambicano se deve pronunciar sobre este caso”.
O pronunciamento surge na sequência das imagens de vídeo que mostram militares a queimarem corpos numa base algures em Cabo Delgado, e neste sentido, o Governo da África do Sul despachou, para Moçambique, uma equipa da Força de Defesa Nacional Sul-Africana para investigar o sucedido.
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