A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, hoje, que sete países africanos registaram casos de varíola de macaco (monkeypox) desde o início do ano, e até meados de Maio já tinham sido contabilizados perto de 1400.
“Embora o vírus não se tenha espalhado para países africanos onde a doença não é endémica, o vírus vem expandindo o seu alcance geográfico nos últimos anos”, lê-se num documento da OMS, sugerindo que o continente já lidava com a doença antes de a Europa detectar os casos mais recentes.
A nível de África, as infecções ocorreram nos Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo (RDCongo), Libéria, Nigéria, República do Congo e Serra Leoa, países onde a varíola é considerada endémica.
O documento não explica a que se deve a rápida propagação da doença para outros pontos do mundo, a partir da Europa, mas frisa que “o vírus Monkeypox na Nigéria era encontrado principalmente no sul do país, mas em 2020 o vírus mudou-se para o centro, leste e norte do país”.
Para conter essa tendência, a OMS recomendou que se tente encontrar uma solução conjunta contra o VMPX que beneficie os países ocidentais e os africanos.
“Devemos trabalhar juntos, para evitar respostas diferentes e separadas Africa e para o Ocidente, e realizar acções globais conjuntas que levem em conta a experiência, o conhecimento e as necessidades da África”, explicou o Director da OMS para a África, Matshidiso Moeti.
Da mesma forma, o médico solicitou ainda que o continente africano tenha “acesso igualitário” a vacinas eficazes contra a doença, garantindo que essas doses cheguem a todas as comunidades que delas necessitam.
O Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido de pessoa para pessoa por contacto próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
O tempo de incubação é geralmente de sete a 14 dias, e a doença, popularmente conhecida por varíola dos macacos, dura, em média, duas a quatro semanas.
A doença é endémica na África Ocidental e Central e menos perigosa que a varíola.
Deixe uma resposta