Serviços secretos do Ministério da Defesa da Ucrânia interceptaram o que dizem ser um telefonema de um soldado russo para a sua mulher. “Vamos arrasar tudo”, diz o militar, citando ordens de Putin, que quererá a situação no Donbass resolvida até 10 de Maio.
O Ministério da Defesa da Ucrânia divulgou esta noite a gravação de comunicações de militares russos interceptadas pelos serviços secretos ucranianos, segundo as quais Vladimir Putin terá dado ordem para que as suas tropas “arrasem” as cidades que não consigam conquistar.
“Putin disse que se não fizermos nada até 10 de Maio, vamos arrasar tudo”, ouve-se numa gravação, alegadamente da conversa de um militar russo com a sua mulher. A gravação foi divulgada esta noite pelo Governo ucraniano, num vídeo divulgado através da rede social Telegram.
Nessa mensagem, o Ministério da Defesa da Ucrânia considera que esta conversa “confirma que a Rússia mudou propositadamente para táticas de destruição de cidades ucranianas e crimes contra civis sob instruções directas dos principais líderes militares e políticos do país, incluindo o Presidente Putin”. Esta é a conclusão a que terão chegado os serviços secretos do Ministério da Defesa, após a análise das comunicações interceptadas.
“Como parte do trabalho do Centro de Coordenação Interdepartamental sob o Ministério da Defesa da Ucrânia, com a participação da Polícia Nacional da Ucrânia, outra intercepção de conversas entre tropas inimigas revela os planos do comando russo sobre a guerra na Ucrânia”, diz a mensagem divulgada pela Direcção Principal de Intelligence do Ministério da Defesa da Ucrânia.
Na conversa tornada pública, um militar russo identificado como Oleg Karasev revela à sua mulher as instruções recebidas para as novas acções na Ucrânia. “Putin disse que se não fizermos nada até 10 de Maio, vamos arrasar tudo. Ainda estamos a tentar ‘libertar’ Rubizhne, e estamos a arrasar Lysychansk e Severodonetsk. Nem vamos tentar. As nossas forças não conseguem avançar”, relata o militar, sobre a ofensiva russa para conquistar cidades em Lugansk. (CNN)