A Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, (DNGRH) alerta que há um risco de cheias na província de Maputo, a partir da próxima semana.
O facto é que a partir desta semana, a Barragem de Pongola vai começar a efectuar descargas e poderá atingir o pico de cerca de 400 metros cúbicos por segundo na bacia de Maputo.
“Nós estamos a prever que a bacias de Maputo, Umbeluzi e Nkomazi estão com risco moderado de ocorrência de cheias, mas dentro da cooperação internacional que nós temos com a África do Sul, sentamos e definimos quais são as quantidades que devem liberar e temos a indicação de que vamos atingir um pico no mês de Novembro de cerca de 400 metros por segundo, na bacia de Maputo.
Isso eleva o risco de de Inundações, mas é um pico razoável porque normalmente a África do Sul Costuma descarregar cerca de 800, que é o dobro que do vamos receber agora”, apontou Agostinho Vilanculos, representante da Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, citado pelo “O País.”
Além da África do Sul, Eswatini também tem uma das suas barragens cheias.
“Nós estamos neste momento com Pequenos Libombos com um nível de armazenamento em cerca de 92%, um nível alto para início da época chuvosa, mas nós sabemos qual é o objectivo dos Pequenos Libombos, que é armazenar água para abastecimento da população da cidade Maputo e Matola em tempos de estiagem. Estamos a efectuar cerca de 10 m3 e essas descargas não são de grande magnitude porque uma das barragens de Eswatini, também, está cheia e não vamos descarregar e, normalmente, nas questões operacionais tem que se descarregar as que estão em uso, temos que ser cautelosos e descer até cerca de 80%”, explicou..
O facto é que a época de chuva inicia no próximo mês e o INAM prevê chuvas anormais para algumas zonas do país e da região.
“A previsão indica uma alta probabilidade de chuvas normais com tendência para acima do normal nas províncias de Gaza, Inhambane, Manica, Sofala, Tete e Zambézia”, disse Bernardino Nhantumbo, técnico do Instituto Nacional de Meteorologia.
Face ao cenário, o instituto nacional de Saúde prevê aumento de casos de malária da zona Centro a Norte do país, podendo ser mais grave em Cabo Delgado e Niassa. Por outro lado, prevê aumento de casos de doenças de origem diarreica.
“Falo especificamente de províncias que terão maior risco, que são: Maputo, Tete e Niassa, com maior predomínio ao nível da população infantil, concretamente aos menores de cinco anos de idade”, explicou a representante do INS.
O Ministério da Agricultura diz que a zona norte do país deve tardar o seu período de sementeira, enquanto que as regiões Sul e Centro, podem obedecer o calendário normal, devido a previsões hídricas.
Os interlocutores falavam esta sexta-feira em Maputo, no décimo primeiro Fórum de Previsão Meteorológica. (Fonte: O País)
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