A chefe da brigada central de assistência à província de Maputo e membro da comissão política, Verônica Macamo, repudiou, nesta sexta-feira (22), as manifestações violentas, que aliás as considera ilegais.
“Manifestação é um direito. É verdade que é um direito que também exige, porque a lei diz que nós temos o direito de manifestar, mas diz também que essa manifestação tem que seguir a lei. Agora, a lei, essa manifestação, já tem que ser seguida”, disse Verônica Macamo, numa publicação do jornal “O País”.
Durante um encontro com os membros do partido, chefes de quarteirão, líderes religiosos e demais formadores de opinião, a chefe da brigada central da Frelimo explicou que todos os cidadãos que pretendem organizar uma manifestação devem seguir os procedimentos legais.
“Quando queremos manifestar, temos que mandar uma carta com 10 nomes. Onde vêm nome completo, morada, onde trabalha, o que faz. Porque quando há problemas, aquelas pessoas é que respondem para aquilo que vai haver acontecer. Também diz que a manifestação só pode acontecer no fim da semana, também temos que respeitar. Diz que tem que ser feita há 4 dias antes, também temos que respeitar”, reiterou.
Na ocasião, Macamo reiterou a necessidade do diálogo como solução para a crise.
“ Se nós, caros camaradas, caminhamos até aqui, é porque sempre estivemos juntos. Sempre que há problemas, encontramos formas de sentar, falar e ultrapassar em conjunto. Sem ódio, sem agressões, sem ameaças, sem ninguém forçar alguém a dizer viva Nyusi, ou viva não sei o quê. Não, cada um escolhe. Isso é democracia, não é? Eu vou dizer viva quem eu acho que devo dizer viva. Se eu acho que não devo dizer viva, ninguém deve me forçar a dizer viva. É postura, não só de Estado, mas também é postura de um democrata. Portanto, nós efetivamente deixamos, criamos condições para que houvesse partidos. E não estamos arrependidos”.
E mais. disse que era importante que houvesse outras vozes a darem a sua opinião, para que Moçambique crescesse e “foi bom termos feito isso. Não podemos mandar o dizer nada, aquela roupa não devíamos ter feito. Não, roupa é roupa. Agora, a nódoa é outro problema. Temos que encontrar uma forma de remover a nódoa. E nós acreditamos que vamos remover a nódoa”.
(Foto DR)
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