O Presidente da República assumiu, ontem, que os projectos de Gás Natural Liquefeito da Bacia do Rovuma podem ser afectados pelas eleições em Moçambique e nos Estados Unidos.
Em jeito de balanço da sua visita aos Estados Unidos da América, Filipe Nyusi explicou que em contextos eleitorais, os investidores tendem a ser cautelosos na tomada de decisões.
“Nesses momentos eleitorais toda a gente gosta de ter certeza sobre como as coisas terminam e há uma coincidência de momentos em Moçambique e aqui (nos Estados Unidos)”, disse Nyusi, citado numa publicação do jornal “O País.”
Nyusi pediu aos que voltem a questionar sobre o futuro dos projectos de gás apos os processos eleitorais, no próximo ano “para não embaraçar os políticos”.
Aliás, sobre o projecto da Total Energies, referente a área 01 da Bacia do Rovuma, cujos trabalhos pararam em 2021, Nyusi explicou que a decisão de retomar pode ser condicionada pelo contexto eleitoral. “Esses projectos entram com dinheiro. E ninguém mete dinheiro, de forma consciente, em terreno pantanoso e em momento de incerteza”.
O tema dos projectos de gás natural foi abordado na sequência de um encontro que o Presidente da República manteve, esta segunda-feira, em Nova Iorque com o Vice-Presidente da petrolífera Exxon Mobil envolvida no projecto da área 4 da Bacia do Rovuma.
Sabe-se que a Exxon anunciou, este ano, mais um adiamento do anúncio da sua decisão final de investimento, uma decisão que, aliás, é esperada desde 2020 e que já foi adiada várias vezes. Sobre o assunto, o executivo da Exxon Mobil, Walter Kansteiner, informou a Filipe Nyusi que, nos próximos 12 a 13 meses, serão concluídos os estudos de engenharia para a tão esperada decisão. (Fonte: O País)
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