Projectada segunda Plataforma flutuante de GNL para Cabo Delgado

A concessionária da Área 4 na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, está a preparar uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira e designada Coral Norte para duplicar a extracção de gás ao largo da costa norte de Moçambique, refere um estudo preparatório.

“A concessionária da Área 4 propõe como forma mais eficiente de maximizar a recuperação e rentabilização dos recursos de gás da reserva Coral um segundo projecto FLNG”, refere o estudo de pré-viabilidade ambiental, que a Zitamar teve acesso e citada pela Carta.

Escreve ainda a Carta citando a fonte que o investimento previsto é de 7 biliões de dólares e vai ainda ser sujeito à aprovação do Governo. Se o cronograma correr como previsto, a plataforma começará a produzir no segundo semestre de 2027, ou seja, poderá arrancar ainda antes dos projectos em terra, que dependem de implicações de segurança devido ao terrorismo em Cabo Delgado.

Ainda segundo o portal, a Coral Norte ficará estacionada 10 quilómetros a Norte da Coral Sul cuja produção arrancou em Novembro, tornando-se no primeiro projecto a tirar proveito das grandes reservas da bacia do Rovuma.

A Plataforma Coral Sul FLNG, operada pela empresa italiana Eni, já extrai e liquefaz gás natural desde Outubro de 2022. De lá até Maio último, dados a que “Carta” teve acesso indicam que o Coral Sul já canalizou 34 milhões de dólares em receitas aos cofres do Estado.

A unidade flutuante de liquefação de gás natural, instalada no alto mar, no norte de Cabo Delgado, tem capacidade para produzir 3.37 MTPA (milhões de toneladas por ano), usando os recursos provenientes do reservatório isolado Coral Sul. O primeiro carregamento de gás natural foi anunciado pelo Presidente da República, a 13 de Novembro de 2022, numa comunicação à nação.

O investimento para este projecto é também de 7 biliões de dólares, prevendo-se a geração de lucros directos na ordem de 39.1 biliões de dólares, dos quais, cerca de 19.3 biliões de dólares para o Estado durante 25 anos, resultantes de Impostos (IPP e IRPC), bónus, taxas e da partilha do petróleo-lucro.

As concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma incluem a Mozambique Rovuma Venture (MRV) S.p.A. que é uma Joint Venture co-propriedade da Eni, ExxonMobil e CNODC, com 70% de interesse participativo, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), a Galp Energia Rovuma B.V. e a KOGAS Moçambique Ltd., todas com 10%. (Carta)

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