O Contra-almirante Walter Teuteberg, um reservista da Marinha sul-africana, considera que a empresa ProIndicus era economicamente inviável e que os estudos sobre o projecto foram extremamente optimistas.
Teuteberg é um dos especialistas contratados pelos advogados do Estado moçambicano para rebater os contratos das empresas na origem das dívidas ocultas, segundo o Savana.
No trabalho, o reservista notou excessos referentes à viabilidade da ProIndicus, além de os documentos com tais avaliações terem ignorado um conjunto de obrigações que Moçambique tem ao abrigo do Direito Internacional Marítimo, como por exemplo, a obrigatoriedade de prestação de assistência em operações de resgate para embarcações sinistradas ao longo da costa.
Por outro lado, o especialista manteve-se reticente quanto à possibilidade de as empresas envolvidas na exploração de gás no norte de Moçambique assinarem contratos que, posteriormente, tornassem a ProIndicus numa empresa rentável e lucrativa.
…um dos objectivos da Proíndicus era a assinatura de contratos com as empresas petrolíferas para a segurança das suas plataformas no mar, e que em muitos casos ao longo da costa africana, este tipo de empresas tinham sido obrigadas a recorrer a serviços privados de segurança, sendo que a Proíndicus pretendia impor que ela fosse o único e legítimo provedor de tais serviços, lê-se no jornal que citamos.
O especialista não terá identificado, sequer, uma empresa de gás que fechou algum contrato com a ProIndicus, “apesar deste seu aparente monopólio”.
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