A Procuradoria Provincial de Maputo está no encalço, desde segunda-feira, dos protagonistas que, na semana passada, torturaram e enterraram vivos dois cidadãos, sendo um agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e o seu amigo, no bairro de Ngolhoza distrito da Moamba.

As investigações iniciaram com algum atraso porque no dia dos crimes a Polícia da República de Moçambique foi impedida por populares de chegar ao local do crime, segundo a procuradora-Chefe provincial, Evelina Gomane.

Os corpos dos malogrados foram exumados na segunda-feira, e devido ao avançado estágio de degradação, foi necessária a intervenção de legistas para a identificação.

“Os corpos estavam completamente carbonizados e dificilmente identificados. Tivemos depois de conduzi-los à medicina legal para a identificação. Portanto, quando chegamos ao nível de não respeitar a vida de outro ser humano, deixamos à margem todo o nosso compromisso com a vida e a humanidade” lamentou.

As testemunhas já estão a ser inqueridas e o Ministério Pública está a recolher evidencias por forma a esclarecer o crime e responsabilizar os envolvidos.

“Vamos trabalhar com o elementos dos dados retirados ontem [segunda-feira]… o caso é incerto, porque estamos em sede de uma criminalidade praticada por uma colectividade de pessoas, mas ainda é possível identificar um e outro interveniente e fazer a responsabilização. Tudo vai depender dos elementos recolhidos para poder responder à infracção” explicou, citada pela Rádio Moçambique.