A Standard & Poor’s afirma que o aumento da procura de minerais, como cobalto ou grafite, para sustentar a diversificação face aos combustíveis poluentes vai beneficiar as economias da África subsaariana, incluindo a de Moçambique.
Para os analistas da Standard & Poor’s (S&P), “várias economias da África subsaariana exportadoras de matérias-primas, em especial as situadas nas regiões meridional e central do continente, poderão beneficiar de um impulso significativo com o aumento da procura de vários minerais abundantes na região, como o cobalto, o cobre, a grafite, o lítio, o magnésio e os metais de terras raras”.
Neste sentido, as economias da região têm abundância destes materiais essenciais para a transição energética, incluindo o grafite de Moçambique, Madagáscar e Tanzânia, o cobalto da República Democrática do Congo e o cobre da RDCongo e da Zâmbia, para além do lítio, comum no Zimbabué e na RDCongo.
Os analistas da S&P escrevem que com o impacto da transição verde nas economias da região, vários minerais vão registar um aumento da procura e dos preços, dada a sua importância na produção de energia com baixo teor de carbono e na produção de veículos eléctricos e baterias, como exemplos o lítio, o cobalto e a grafite, que são fundamentais para a produção de baterias eléctricas, e o níquel, que é muito utilizado na produção de energia com baixo teor de carbono, sobretudo na produção de electricidade eólica.
“Prevê-se igualmente um aumento da procura de cobre, dada a sua importância na construção de redes e linhas eléctricas”, apontam os analistas da S&P, citados pela Lusa, lembrando que, de acordo com a Agência Internacional da Energia, “a procura destes metais vai aumentar drasticamente nas próximas décadas, em especial no que respeita ao cobalto, à grafite, ao lítio, cuja procura pode aumentar mais de 40 vezes face ao valor actual.
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