O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, anunciou, esta quarta-feira, em Maputo, a suspensão da formação básica de novos membros para integrar a corporação nos próximos três anos.
Rafael revelou que os preparativos para a suspensão do recrutamento iniciaram há cinco anos, o que originou gastos avultados para a formação massiva de novos agentes.
“Vamos parar por três anos e atacar o pilar das infraestruturas”, anunciou o comandante, explicando que o valor que seria alocado para a logística da formação servira para reestruturar os locais de trabalho. “Estamos a pensar de forma económica”.
O comandante, que falava no âmbito da celebração do 48º aniversário da PRM e patenteamento de 811 agentes, referiu que seria impossível conciliar as despesas de formação, construção e logística. A PRM pretende construir mais escolas de formação, comandos distritais e esquadras.
A suspensão vai igualmente permitir a PRM rever o currículo e uso e adequá-lo a padrões internacionais de formação de polícias. Depois de todo concluído todo o processo de reestruturação apenas serão admitidos cidadãos com o ensino geral concluído.
Bernardino Rafael assegura, no entanto, que a medida de suspensa não vai afectar negativamente a ordem e tranquilidade públicas. “Não completámos o rácio polícia-cidadão, mas temos efectivo razoável para garantir protecção aos moçambicanos nos próximos dez anos”, disse citado pelo O País.
A PRM vai continuar com a formação interna de sargentos, forças especiais e oficiais de Polícia.
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