A Polícia da República de Moçambique (PRM) assumiu esta manhã que os crimes de raptos continuam a ser um calcanhar de Aquiles para a corporação em todo o país e reconheceu a inteligência dos raptores.
“De facto os raptos continuam a ser um calcanhar de Aquiles e, como todos vós sabeis, os raptos fazem parte da criminalidade organizada, tem vários tentáculos e elementos, são cometidos por indivíduos também pensantes que muitas vezes fazem de tudo para ludibriar as acções preventivas da PRM”, afirmou o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Orlando Mudumane.
O agente falava esta manhã, em Maputo, numa entrevista à Rádio Moçambique por ocasião da celebração do 48º aniversário da PRM que hoje se assinala.
O responsável referiu que nas acções de combate a esse tipo legal de crime a PRM trabalha em coordenação com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e outras Forças de Defesa e Segurança do país.
“Queremos garantir que continuamos preocupados com estes crimes que acabam criando um sentimento de insegurança na nossa sociedade, principalmente, entre os empresários”, disse Mudumane, quando respondia a uma questão sobre as fragilidades da PRM e tecia comentários relativos ao sequestro, ontem, de uma empresária de origem indiana no centro de Maputo.
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“As dificuldades é que os indivíduos têm conhecimento e, infelizmente, em outras situações é um crime preparado, premeditado durante longo tempo e quando ocorre os indivíduos fazem de tudo para ludibriar as acções preventivas das PRM”, reconheceu o agente, demonstrando confiança no esclarecimento dos vários crimes de rapto. “Mesmo o caso que ocorreu ontem a qualquer momento pode vir as ser esclarecido”.
A PRM tem interesse em resolver todos os crimes similares que, apesar de terem sido resolvidos com o pagamento de resgate e extorsão de valores monetários, seguem em investigação.
“Isso só não basta. Há o interesse da PRM e outras instituições de administração da justiça em encontrar os mandantes e cabecilhas deste tipo legal de crime”, frisou.
Em outro desenvolvimento, Mudumane assumiu a exiguidade de recursos humanos na corporação para o combater a criminalidade no país. Para cobrir a carência, a PRM está a capitalizar a relação com as comunidades.
“Os crimes são cometidos na comunidade, por elementos que vivem nas comunidades. Por isso, existem nelas os conselhos de segurança comunitários que são o olho mais avançado da PRM”, explicou, notando que como resultado dessa cooperação “o país vive uma relativa calma da criminalidade comum”.
As comemorações da efeméride da PRM iniciaram a 10 de Maio com a realização de actividades desportivas, visitas aos membros da PRM enfermos e a campas de membros perecidos durante os 48 anos da história da corporação. Hoje, no encerramento dessas actividades, será depositada uma coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo, e realizada uma cerimónia de patenteamento, no campo da Unidade de Intervenção Rápida.
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