Principais petrolíferas europeias encaixam mais de 55 MM de euros no primeiro semestre de 2022

Principais petrolíferas europeias encaixam mais de 55 MM de euros no primeiro semestre de 2022

O conflito na Ucrânia, a inflação elevada e os preços em alta da energia estão a prejudicar várias empresas por todo o mundo, mas as petrolíferas estão a registar ganhos recorde. Aproveitando os preços acentuados do petróleo e do gás no quadro do contexto geopolítico, as petrolíferas europeias arrecadam mais de 55 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2022.

Segundo o portal Executive Digest, a Shell, no primeiro trimestre de 2022, reportou um lucro recorde de 9,1 mil milhões de dólares, impulsionado pelos preços mais altos de petróleo e gás, pelo aumento dos custos de refinação e pelo forte desempenho da sua divisão comercial. No segundo semestre, os ganhos do grupo Shell multiplicaram-se por cinco atingindo os 18 mil milhões de dólares. No total do primeiro semestre, o lucro foi de cerca de 26,590 mil milhões de euros.

A TotalEnergies triplicou os ganhos no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado, auferindo 18,733 mil milhões de dólares, mais do que o valor máximo atingido em 2021 de 16,032 mil milhões de dólares. Em comunicado, a petrolífera atribuiu os resultados ao elevado preço do petróleo e do gás e à margem das refinarias no quadro da crise energética desencadeada pela invasão russa da Ucrânia.

A companhia norueguesa de energia Equinor alcançou um lucro (líquido) no segundo trimestre de cerca de 6,8 mil milhões de dólares, que juntando com os lucros de 4,71 mil milhões de dólares do primeiro trimestre alcançou um total de cerca de 11,293 mil milhões de euros.

Já a petrolífera italiana ENI revelou que contabilizou um lucro de 7,398 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contra um resultado líquido de 1,103 mil milhões no mesmo período do ano anterior.

A Repsol obteve um lucro líquido de 2,539 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2022, o dobro (mais 105,6%) do que no mesmo período de 2021, impulsionado pelo aumento dos preços das matérias-primas nos mercados mundiais.

Os lucros da Galp subiram 153% no primeiro semestre, face a igual período de 2021, para 420 milhões de euros, com os resultados a reflectirem um “desempenho operacional robusto”, valor que compara com o resultado líquido de 166 milhões de euros no ano passado.

Por fim, a única empresa que registou prejuízo foi a BP, que perdeu 11,127 mil milhões de dólares no primeiro semestre por ter saído da Rosneft nos primeiros três meses do ano, contra um lucro de 7,783 mil milhões de dólares no mesmo período de 2021.

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