O candidato presidencial suportado pelo partido extraparlamentar Podemos, Venâncio Mondlane, suspendeu os protestos de rua para este fim de semana. Contudo, Venâncio Mondlane promete anunciar na segunda-feira, 11 de Novembro, a data e as medidas que vão acompanhar a quarta etapa das manifestações para exigir a verdade eleitoral, acabar com os raptos e o assassinato do povo moçambicano.

Depois das manifestações de quinta-feira que apelaram à justiça eleitoral, o candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou a suspensão dos protestos de rua para este fim de semana.

“Na segunda-feira dia 11 de Novembro vamos anunciar as medidas e a data da quarta e última fase das manifestações para resgatar a democracia”, advertiu Venâncio Mondlane. “A quarta fase vai ser extremamente dolorosa, porque notamos que o regime está a querer fazer um braço de ferro com o povo. O regime quer usar a força das armas contra o povo. Usar a força policial e balas verdadeiras”, afirmou Venâncio Mondlane, que disse que são já 40 o número de mortos em consequência da reação do poder às manifestações por si convocadas.

Venâncio Mondlane, que falava em directo na rede social Facebook, “a partir de parte incerta”, como destacou, garantiu que a 4.ª fase “será a última das manifestações em Moçambique”.

Uma publicação da RFI refere que a advertência de Venâncio Mondlane é feita numa altura em que três membros do PODEMOS. Segundo o presidente do partido extraparlamentar, Albino Forquilha, trata-se de Urelva Francisco, Nelson Agostinho e Jonathan Sulemane, todos desaparecidos até ao momento.

“Estes três colegas saíram todos da Zambézia, para cá para fazer o trabalho conosco e não chegaram a Maputo e até aqui também não regressaram a Zambézia mas temos informação que foram abordados pelo caminho na província de Gaza pelas autoridades e até agora estão desaparecidos”, avançou o responsável Albino Forquilha.

Para o partido PODEMOS os resultados das eleições gerais de 09 de Outubro divulgados pela Comissão Nacional de Eleições e que dão vitória à Frelimo, partido no governo desde 1975, e ao seu candidato presidencial, não reflectem a vontade popular.

(Foto DR)