O Presidente da Renamo acusou o governo de não estar a cumprir na íntegra com os acordos de paz e reconciliação nacional bem como o acordo de cessação definitiva de hostilidades militares. As declarações de Ossufo Momade foram feitas na cidade de Nampula, norte do país, onde se encontra em visita de trabalho.
O acordo de cessação de hostilidades militares entre o governo e a RENAMO foi assinado em Setembro de 2019, contudo, o Presidente do principal partido da oposição levanta agora algumas preocupações no que se refere à integração dos seus homens no exército e na polícia.
“A parte do Governo não está a cumprir e neste momento só temos 46 elementos na polícia da República de Moçambique, o que é uma vergonha na medida em que os guerrilheiros da Renamo são moçambicanos. Onde é que existe receio de esses serem enquadrados na polícia da República de Moçambique?”, disse Ossufo Momade citado pela RFI.
Ossufo Momade revela ainda que o não pagamento de pensões engrossa a lista de preocupações.
“Já estamos a trabalhar com a comunidade internacional e já foi criado uma equipa para que possa trabalhar para que o desmobilizado tenha a sua pensão em dia”, acrescentou.
Contudo e apesar de todas estas situações, Ossufo Momade – Presidente da RENAMO, principal partido da oposição, de visita à província de Nampula e já a pensar nas eleições autárquicas do próximo ano, mostra-se satisfeito com o decurso do processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR), que deverá abranger a 6.200 homens.
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