O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, disse na última sexta-feira, que os preços dos combustíveis poderão baixar no país, acompanhando uma tendência de redução do custo do crude no mercado internacional.
O governante falava em conferência de imprensa que marcou o final de uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que durante 15 dias avaliou o programa de assistência a Moçambique.
“Projectamos que, pelo menos em Outubro e eventualmente em Novembro, possamos ter uma redução dos preços dos combustíveis em Moçambique”, afirmou Tonela.
O ministro da Economia e Finanças avançou que a descida nos preços dos produtos petrolíferos vai reflectir a tendência dos últimos dois meses, período que serve de barómetro para a fixação dos preços em Moçambique.
“A situação dos preços internacionais dos combustíveis líquidos estabilizou e está com uma tendência decrescente. Atingiu um pico de 120 dólares por barril e neste momento tem estado a ser negociado à volta de 94 a 95 dólares”, enfatizou.
Assinalando que a inflação acumulada em Moçambique vai ultrapassar os dois dígitos, fechando o ano nos 11% contra 7% que o executivo projectou inicialmente, Max Tonela notou que a mexida nos preços do crude visa aliviar a erosão do poder de compra que os consumidores moçambicanos têm vindo a registar nos últimos meses.
Enfatizou ainda que a subida geral de preços no país resulta de factores externos, principalmente do impacto da guerra Rússia-Ucrânia, que tem afectado os combustíveis e os alimentos.
Max Tonela observou que a inflação seria mais acentuada no país caso as autoridades não tivessem mexido nos custos associados à estrutura logística e margens de lucros inerentes à importação e distribuição de combustíveis no país.
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