Portugal promete continuar a apoiar Moçambique no combate ao terrorismo

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta tarde, durante a visita de quatro dias que efectua a Moçambique, que o facto de Moçambique abster-se na condenação da Rússia na invasão à Ucrânia, não vai afectar a cooperação com Portugal e a União Europeia (UE) no combate ao terrorismo em Moçambique.

“É uma cooperação já antiga, mas com uma solicitação mais urgente e em que Portugal não deixará de, bilateralmente, e no quadro da União Europeia, nos termos definidos em função da posição soberana de Moçambique, de colaborar na formação, no treino das capacidades militares e no apoio financeiro adequado ao combate ao terrorismo”, realçou.

Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu que este é um momento de excelência nas relações bilaterais com Moçambique. “Excelência antes mesmo da cimeira bilateral que virá a acontecer não muito tempo depois da tomada de posse do novo Governo português”, disse Rebelo de Sousa.

Admitiu que, para além do treino ministrado pela União Europeia às Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), poderá apoiar o reequipamento das tropas que estão a ser formadas para combater o terrorismo em Cabo Delgado.

“É importante que esse treino seja acompanhado de capacidades adequadas à efectivação do objectivo”, referiu o presidente português após uma declaração conjunta dos dois estadistas, após um encontro a sós na Presidência da República.

Por sua vez, Filipe Nyusi afirmou que as relações entre Moçambique e Portugal estão a atravessar um momento excelente e saudou o empenho dos dois governos na revisão e actualização do programa estratégico de cooperação e do programa-quadro de cooperação no domínio da defesa.

O Presidente da República disse que quando o Estado português tiver o novo Governo formado, o Primeiro-Ministro eleito, António Costa, visitará Moçambique para dar andamento aos aspectos ligados à cooperação bilateral. Costa vai chefiar o próximo Governo, após a vitória folgada do seu partido, o PS, nas eleições realizadas recentemente.

A cimeira entre os dois países estava marcada para Novembro de 2021, mas foi adiada devido à dissolução do Parlamento português, após o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, levando à eleições legislativas antecipadas.

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