O secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, garantiu, este domingo, que Portugal vai activar mecanismos de apoio às vítimas do ciclone Gombe e recuperação de infraestruturas destruídas em Moçambique.
“Vamos activar uma vez mais o instrumento de resposta rápida do [Instituto da Cooperação e da Língua] Camões, para apoiar as populações”, referiu.
O referido instrumento tinha sido activado há um ano, após o ataque de grupos armados à vila de Palma, em Cabo Delgado. Foram disponibilizados cerca de 250 mil euros para intervenções de organizações não-governamentais que entregaram bens de primeira necessidade e prestaram outros apoios a deslocados, na sequência do ataque.
No caso do ciclone Gombe, cujas chuvas atingem o norte e centro do país, desde 11 de Março, a alocação de verbas vai depender das necessidades a reportar pelas autoridades nacionais, que ainda estão em camo a fazer o levantamento dos danos.
Além dessa ajuda, Portugal também vai disponibilizar “verbas para apoiar a recuperação de infraestruturas que tenham sido afectadas” e, num outro ângulo, serão reorientados projectos na área da cooperação e desenvolvimento para apoio às comunidades afectadas.
Na ocasião, aquele responsável português lembrou que Moçambique está entre os países que menos prejudica o ambiente, sendo, porém, um dos que mais sofre.
O número de mortos provocados pela passagem do ciclone tropical Gombe subiu na quinta-feira para 51, com destruição generalizada de habitações, pontes e vias de acesso.
A principal ligação do país, a Estrada Nacional 1, que liga o norte e o sul de Moçambique, está desde sábado cortada na província central da Zambézia, depois de as chuvas terem arrastado parte de um troço.
O país aproxima-se da recta final da actual época ciclónica, que acontece anualmente entre Outubro e Abril, com fortes tempestades.