A Polícia da República de Moçambique (PRM) inviabilizou neste sábado (19), em Maputo, uma marcha que visava protestar contra assassinatos e perseguições de opositores políticos e de cidadãos que pensam diferente do regime do dia no País.
A inviabilização criou a revolta dos cidadãos, pois segundo eles, tratava-se de uma marcha pacífica. Segundo explicou o activista social, Evandro Sigaval, um dos co- organizadores, a marcha tinha como ponto de partida a estátua Eduardo Mondlane até a Procuradoria Geral da República (PGR) e com claros objectivos.
“É da competência da Procuradoria Geral da República, para além de investigar, informar ao povo moçambicanos sobre estas atrocidades que estão a acontecer. Quem são as pessoas por detrás de situações desta natureza?”, interpela Evandro Sigaval.
Para Clemente Carlos, também da organização da marcha, a actuação da polícia deixou certezas: “Esta é a repressão, esta é a ditadura que está aqui! Apenas a Frelimo é que pode marchar! Portanto, jovens, a luta continua mas agora vamos para as nossas casas por favor!”
Numa publicação da RFI, os organizadores, apesar desta inviabilização, prometeram voltar à rua para repudiar perseguições e assassinatos de opositores políticos e todos os que pensam diferente do regime em Moçambique.
(Foto DR)
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