O partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), que apoia a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, submeteu, ontem, quarta-feira (30), à Comissão Nacional de Eleições (CNE), o segundo e último lote de actas e editais do apuramento parcial dos resultados eleitorais de 09 de Outubro, com intuito de sustentar a sua reivindicação de ter ganho o escrutínio.
Esta acção ocorre no mesmo dia em que o Conselho Constitucional notificou, a CNE a apresentar, num prazo de oito dias, as actas e os editais do apuramento parcial (feito nas Mesas de Voto) e do apuramento intermédio, realizado nas comissões distritais e de cidade de eleições.
Segundo uma publicação da Carta de Moçambique, o lote ontem entregue é composto por 17.196 actas e igual número de editais, provenientes das Mesas de Votação das províncias de Sofala, Nampula e Niassa, e junta-se ao primeiro, submetido no domingo, aquando da interposição do recurso de contencioso eleitoral, em protesto contra os resultados divulgados pela CNE.
Para mandatária de Venâncio Mondlane, Judite Mahocha Simão, as actas e os editais entregues ontem são correspondentes a cerca de dois milhões de eleitores e integram o grupo de actas e editais recolhidos pelo partido em todo o país, equivalentes a 59,95% do total das actas e editais emitidos pelos Membros das Mesas de Voto.
“Foi preciso um trabalho aturado e, neste momento, trouxemos o que faltava”, afirmou Judite Mahocha Simão, sublinhando que o PODEMOS acredita, sim, “que há espaço para se declarar o partido e o seu candidato como vencedores do escrutínio, porque o povo votou”.
“Penso que as reacções que vêm de todos os cantos do país e da diáspora nos dão esse alento. Entendemos que a vitória será declarada pelo Conselho Constitucional. É a oportunidade que este tem para mostrar que a justiça, em Moçambique, existe”, sublinha a fonte.
(Foto DR)
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