O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) demonstra disponibilidade para cancelar, juridicamente, a cláusula de confidencialidade do acordo coligatário com o candidato presidencial Venâncio Mondlane.
“Se a contraparte do acordo consentir, nós estamos dispostos a encontrar uma forma jurídica de cancelar a confidencialidade do acordo”, disse Hélder Mendonça, do Podemos, citado pela Televisão de Moçambique.
Mendonça disse não existir nenhuma cláusula que impeça que o Podemos tome posse. “Muito pelo contrário, há cláusulas claras quanto a isso e colocam as partes com a sua devida independência”.
Isto decorre do facto de, nos últimos dias, se ter levantado um ambiente de crispação entre o Podemos e Venâncio Mondlane, após o presidente do partido assumir, publicamente que os 43 deputados eleitos nas eleições gerias de 9 de Outubro de 2024 vão tomar posse na Assembleia da República para a próxima legislatura.
Este posicionamento foi publicamente “arranhado” pelo representante de Venâncio Mondlane, Dinis Tivane, que entende tratar-se de um acto contrário às cláusulas do acordo coligatário.
Ele disse estar claro que o Podemos e Venâncio Mondlane estão, agora, a seguir perspectivas diferentes.
Para Tivane, o propósito do acordo entre as partes é também para travar uma luta política, pelo que o justo seria os deputados não tomarem posse no próximo dia 13 de Janeiro.
“A nossa luta é também política. O nosso movimento é de pressão. A precipitação para ir dizer em público que iria tomar posse, politicamente, é imoral” notou.
Por outro lado, e uma vez que Mondlane prometeu regressar ao país esta quinta-feira, Tivane mantém-se expectante quanto a um diálogo com o Podemos.
“Eventualmente, assim que o Eng. Venâncio chegar, pode ser que as partes sentem e decidam pela cessação daquela cláusula. O que não pode haver é esta unilateralidade” disse Tivane.
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