Plataforma flutuante para exploração de gás já está em águas moçambicanas

O Instituto Nacional de Petróleos (INP) anunciou, esta segunda-feira, a chegada da plataforma flutuante para a exploração de gás natural nas águas nacionais.

Um comunicado da INP refere que agora está em curso um trabalho para a certificação do heliporto para aterragem e descolagem de helicópteros que vão transportar as equipas de serviço.

A plataforma flutuante vai ser instalada na Área 4 da Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

A infraestrutura, com 432 metros de comprimento, partiu dos estaleiros da divisão industrial da Samsung em Geoje, na Coreia do Sul, a 15 de Novembro do ano passado, e navegou pelo oceano Índico em direção ao largo da costa daquela província.

A infraestrutura vai estar ligada a seis poços e extrair o gás para uma fábrica a bordo que o vai arrefecer, liquidificando-o, de modo a ser transportado em cargueiros, abastecidos ali mesmo, lado a lado, em alto mar, e que depois levam o combustível até aos países de destino para produção de eletricidade, aquecimento ou outros fins.

A plataforma tem depósitos de armazenamento no casco e 13 módulos por cima deles, incluindo uma fábrica de liquefação, um módulo de oito andares onde podem viver 350 pessoas, além de uma pista para helicópteros.

“A chegada desta [plataforma] está em conformidade com o cronograma aprovado pelo Governo de Moçambique, sendo por isso um marco assinalável na implementação deste projecto, cuja Decisão Final de Investimento foi tomada em Junho de 2017, prevendo-se que o início da produção ocorra até meados de 2022”, acrescenta o INP.

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma ‘joint venture’ em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.

A Galp, KOGAS (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participações de 10%.

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