Um estudo da Universidade da Flórida confirmou que as alterações climáticas e os seus impactos facilitam a proliferação de plantas invasoras, e por sua vez, as mesmas, podem amplificar os efeitos das alterações climáticas.
Para este estudo o grupo expôs pinheiros da espécie Pinus palustris a três cenários diferentes, para testar a sua sobrevivência: condições de seca, invasão da espécie Imperata cylindrica e a junção dos dois factores. Após seis anos de crescimento, foi ainda testado um terceiro cenário, o de incêndio florestal.
Tal como refere o portal “Green Severs, os resultados demonstraram que as árvores que sofreram com o factor da seca e da planta invasora tinham menor probabilidade de sobreviver após o incêndio. No caso das árvores que conseguiram crescer e não sofreram nenhuma invasão de outra espécie, conseguiram sobreviver na sua maioria.
“Menos água significava que as árvores não cresciam tanto. Ao mesmo tempo, a cogongrass [nome da Imperata cylindrica em inglês], que é tolerante à seca, deu força extra ao fogo, tornando-o mais quente e aumentando a altura das chamas”, explica o autor Luke Flory.
Como referem os investigadores, a interação das alterações climáticas com as plantas invasoras demonstra a importância de gerir o crescimento destas espécies nos terrenos, para garantir a protecção e a preservação dos ecossistemas nativos, bem como para reduzir o impacto dos incêndios.