O Plano de Reconstrução de Cabo Delgado, aprovado na última semana em Conselho de Ministros pelo Governo, está orçado em 300 milhões de dólares, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro.
“Oorçamento total deste plano é de cerca de 300 milhões de dólares, sendo que aproximadamente 200 milhões são destinados à implementação de acções de curto prazo”, referiu Carlos Agostinho do Rosário, durante uma apresentação a parceiros internacionais, dos quais espera apoio.
As acções de curto prazo devem ser aplicadas no prazo de um ano e incluem “a reposição da administração pública, unidades sanitárias, escolas, energia, abastecimento de água, saneamento, telecomunicações, vias de acesso, identificação civil, apoio psicossocial e autoemprego, sobretudo para jovens”, entre outros.
O primeiro-ministro realçou que “o trabalho de reconstrução de infraestruturas e do tecido humano é imenso” e “é necessário continuar a reforçar as sinergias entre Governo, parceiros de cooperação, sector privado e outros intervenientes” para agir “mais depressa”.
“A nossa expectativa é que, com base neste documento, os parceiros possam identificar as áreas de intervenção e indicar como se poderão juntar aos esforços do Governo na mobilização de recursos para a implementação deste plano”, disse.
Carlos Agostinho do Rosário referiu que algumas medidas estão já em andamento, como a assistência em bens alimentares e outros, incluindo ‘kits’ de abrigo para as populações dos distritos de Quissanga, Nangade, Macomia, Palma e Mocímboa da Praia.
Há também uma retoma gradual do pagamento do subsídio social básico nos distritos de Nangade, Mueda, Quissanga, Ibo e Macomia.
A reposição de energia eléctrica em Awasse, Mueda, Nangade e Mocímboa da Praia, o restabelecimento gradual das comunicações móveis e a reabilitação de estradas foram alguns exemplos dados pelo governante.
O primeiro-ministro sublinhou que o plano é o “documento único para a reconstrução de emergência dos distritos do norte de Cabo Delgado e não substitui outros planos de desenvolvimento das províncias do norte”.
Agência Lusa