Plano de implantar segunda plataforma de GNL cada vez mais sério

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) avançou estar em contacto com empresa italianas interessadas em investir em uma segunda plataforma para a exploração de Gás Natural Liquefeito (GNL) na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.

O Presidente do Conselho de Administração da ENH deu a garantia na última sexta-feira, em Bilene, Gaza, à margem do Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

“Os parceiros que nós temos, neste caso, os italianos, têm estado a falar na possibilidade de poderem trazer uma nova plataforma, mas isto ainda está numa fase de estudo conceptual, ainda não há nenhuma aprovação, são ideias e está-se a estudar, analisar os projectos e apurar os prós e contras; também do nosso lado temos que ver que benefícios isso traz” revelou Estevão Pale.

O PCA referiu que o conflito no leste europeu abriu uma janela de oportunidades para Moçambique posicionar-se como um dos maiores fornecedores de gás para o mercado europeu, dadas incertezas de continuidade de abastecimento com o gás russo.

“Nós pensamos que Moçambique deve aproveitar esta oportunidade”, explicou disse.

Nos projectos de gás natural liquefeito já existentes da Área 1 e 4 da Bacia do Rovuma, a ENH, braço empresarial do Estado, debate-se com o problema de altos custos para se financiar.

Estevão Pale refere que o maior problema do país está na busca de financiamento a custo mais barato para assegurar, de forma independente, a sua participação nos projectos.

“A ENH participa na área quatro com dez porcento e na área um com 15 porcento e, neste momento, está a ser carregada pelos parceiros. É claro, que estes financiamentos são bastante caros, e nós temos estado a trabalhar no sentido de procurar alternativas para refinanciar a sua participação. Agora, projectos adicionais significam um esforço adicional para a ENH, em termos de procura de fontes alternativas para poder face à sua participação nestes projectos”, salientou Pale.

Segundo o PCA da ENH, actualmente, os projectos em curso na Bacia do Rovuma exploram abaixo de 10 porcento das reservas já provadas.

Recorde-se que o projecto Coral-Sul é liderado pela empresa italiana Eni, cujas primeiras remessas de gás começam a ser exportadas em Outubro próximo.

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